Me faça sentir que te deixo entrar!

Cheguei num lugar novo, onde cultura, roupas, musica, pessoas, tudo muito diferente. Agora te convido a experimentar chegar num lugar completamente novo, tendo de esconder toda a sua essência, tudo você e toda a sua personalidade. Tudo que você levou tempos para assumir, para conquistar. Daí você se vê novamente naquela tal roda gigante da vida. Onde tudo o que você acreditava todo seu esforço para que acreditassem em você, para que pudessem confiar em você. Toda sua força e determinação para espantar todo o preconceito ou pré-conceito.

Tente chegar num lugar novo, onde todos criaram expectativas e você bem sabe, serão frustradas. Ouvi dizer que expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos. E você vai escutar muita coisa sem nexo, e você vai tentar fazê-los mudar de idéias. Você bem vai. Mas o conceito já existe. E dai, quando você perceber isso nada poderá fazer. E então você parte para o raciocínio lógico: se não quer, não quer. Ponto. Desiste?
Eu não sou o que falam, nem o que pensam. Eu sou estranho, sou reservado, faço suspense. Tenho minhas preferências, gostem vocês ou não. Tenho meu estilo, meu modo de pensar. Tenho meu jeito de dizer as coisas, e de demonstrar. tenho manias que nem eu aguento. Mas eu não obrigo ninguém a me aturar. Nem sequer posso pedir que me aturem. As vezes nem eu me aguento. Morando em mim, sentindo isso sem ter como fugir.
Eu tenho minhas maneiras, sejam para fugir ou para seguir. mas são minhas. Sem rótulos, sem perspectivas, sem tentar atingir ninguém. Minhas. Não preciso que me julguem. Acreditem, quando descobri o que sou passei dias me julgando tentar entender o porquê de ser, de fazer, como devia agir, o que devia falar, que satisfações (?) deveria dar e para quem.
Acontece que aprendi a viver dentro dos meus limites. Mantendo-me dentro de uma zona de conforto. Uma linha invisível que criei para não extrapolar meus limites. Uma linha invisível que EU criei porque vi necessidade disso. Uma linha invisível que criei para MIM. Sem pedir a opinião de ninguém. Tão pouco a aprovação. Tão pouco que ficassem dentro ou fora dessa linha. Aqui dentro eu decido o que sou o que eu quero quem eu quero amar como nunca e odiar também. Quem eu quero fora ou dentro dessa linha. Eu decido. Acho que isso eu posso decidir sozinho. E ponto.
E tem mais. Deixo que digam o que quiserem. Desde que, do mesmo modo que digam tenham paciência para escutar minhas respostas e o que tenho para dizer a respeito disso. Portanto não me importo se é inveja, se é preconceito, se é porque gosta muito de mim ou se me detesta. Na verdade se for uma dessas coisas eu já me tenho feliz. Sinal muito claro que alguma diferença eu faço.
Se quiser saber da minha vida é muito fácil. Perguntar não dói nada.

No máximo vai escutar: “Por que você quer saber sobre isso”.

Inventar faz mal, muito mais a quem inventa, do que a quem é o pivô da história toda.
Eu tenho meus limites. Minha zona de conforto tem almofadas, pipoca e coca-cola. Se quiser entrar, será, com certeza, bem vindo. Desde que me de razões e me mostrem a confiança necessária para isso.
Eu preciso ver, preciso sentir. Preciso notar um olhar diferente, um pingo de verdade nisso tudo. Eu sou 99,9% feito de sensações, de sentimentos. Me faça sentir que te deixo entrar!